domingo, 17 de abril de 2011

Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais

    Eu reconheço a ideia que Elis nos afirma ao cantar que "ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais".  Me permiti analizar essa música em dois modos, os quais são:

" __Ah! Que droga, que clichê, pois, ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais."

    É horrível reconhecer isso, mas erramos ao bater o pé e fazer o contrário do que eles nos disseram para não fazer, pois, por experiência própria, aquilo já dera errado antes com eles.  Gritavamos e berrávamos dizendo que um ou outro cigarrinho do fim de semana não nos colocaria no vício que sustentamos com pesar nos dias de hoje.  E que aquela bebida forte que nosso amigo sempre tão bacana carregava consigo durantea boemia pela madrugada, que era um ato também repreendido por eles, o colocaria na fila de espera por novos e saudáveis órgãos. Porque? Droga! Porque eles estavam tão certos? Eu sempre fui "cabeça", sempre tive minha opinião formada; eu nunca cairia nos erros que eles cairam, afinal de contas, cada um é cada um, só porque a vida deles fora de tal forma, a minha não terá de ser.
    É triste admitir... ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais.  O futuro que estamos construindo com nossas mini-certezas, bate de encontro ao deles; e ouvir de suas bocas: "Eu bem que lhe avisei", nos soa como um cuspe de fracasso em nossa face. Por um minuto, tiremos a capa do orgulho, e admitamos: "ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais".


    Tomando uma segunda análise, obtive: o "orgulho" cego em sermos os mesmos e vivermos como nossos pais.

    Meu nome é Adelaide, meu pai é militar de alto grau, e mamãe,bem, mamãe largara a pintura e agora é dona de casa- contra sua vontade,pois, papai sempre achara que mulher deveria ficar dentro de casa cuidando dos afazeres e os filhos deviam servir e amar o Brasil.  Tenho muito orgulho de papai em seu jeito pulso firme de cuidar da casa e do serviço. E tenho muito orgulho de mamãe,pois, lindo a submissão cega à papai.
    Há um grupo de meninas na escola, as quais mamãe proibe-me de conversar; elas tem um papo estranho, sobre "revolução feminista", queima de sutiens, algo sobre as mulheres dominarem o lar, umas coisas desse tipo.  Ora! Onde já se viu! Mulher não foi feita para comandar a casa, mulher foi feita para dar educação aos filhos e botar comida na mesa.
    Ah... ainda bem que somos os mesmos e vivemos como nossos pais,pois, eu não ia querer uma vida diferente da deles. Quero casar, ter dois filhos e cuidar da casa. Meus filhos serviram ao Brasil como o pai.



        - O texto publicado é uma obra fictícia. não consta nele a opinião do autor.




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