quarta-feira, 27 de julho de 2011

Ser Dependente

    Eu sempre me questiono a dependência do ser  humano. Eu o chamaria de Ser Dependente, e não de Ser Humano. Somos todos ligados à dependência desde o nascimento até à morte.
    Quando pequenos somos entregues à cega dependência dos pais e parentes, o que é essencial; mas isso já começa bem antes de nascermos, na escolha do nosso nome. Como podem escolher nosso nome sem nem ao menos saberem se nós vamos gostar dos mesmos?  Aí cito uma dependência dos adultos, a dependência do Sistema em que vivemos, das Leis e das mil e uma coisas burocráticas que nos cercam. Na escolha do nome do bebê, os pais já nos submetem à uma submissão Estatal(não é muito difícil entender, ou é?).
    Passamos pela fase de criança, quando apesar de um pouco crescidos ainda somos totalmente dependentes dos pais. Na adolescência é a fase em que queremos começar a ser independente; mas estamos errados.  Queremos ser independentes dos pais, do dinheiro deles, da vida deles; mas aí começam as dependências amorosas; nos envolvemos e nos entregamos. Meu caro, vá me dizer que nunca disse que o "fulano" é o amor da sua vida, ou que é tudo pra você?  Metaforicamente ou não, você sente.
    Na fase adulta nos tornamos dependentes do nosso trabalho, afinal de contas, você DEPENDE disso pra viver, precisa trabalhar, precisa se manter, pagar suas contas e juntamente, seus  impostos.
    Seguindo essa linha de pensamento a qual estou(estamos),  chego à conclusão de que a independência NÃO EXISTE!  Nós, Seres Dependentes, somos tentados e expostos à dependência de algo todos os dias, cada dia mais intensamente.
    Ah, Ser Dependente, desprenda-se do mundo, desprenda-se dos terceiros, desprenda-se de Ti! Dê-se asas e viva a tal "liberdade" que ao contrário do que diz o Gênesis, não nos foi dada, mas sim, roubada!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Querido sentimentalismo...parte 3

    Entendeste-me mal! Começou quando pedi-lhe que se aproximasse! Maldito sejas sobre as terras que pisastes! Tocou-me e se foi, tocou-me e me confundiu, tocou-me e fez mal a quem compartilhei de ti! Até quando brincarás assim comigo? Até quando terei eu de me enfiar em situações embaraçosas, para tirar a "pose" de vilão durão que me arranjastes?
    Ah querido Sentimentalismo, ainda assim diante de tudo o que me fazes, chamo-lhe querido, pois, gosto tanto de você, gosto tanto das confusões que me arranjas! Entendo que não posso me afastar de você, entendo perfeitamente agora, pois, tratando-se de você, falo de mim. Sim, querido Sentimentalismo, és nada mais que minha confusa imagem refletida no espelho.