sábado, 21 de maio de 2011

Devora-me

    Devora-me.
    Sim; devoro-te por inteiro. Devoro-o com todo o fôlego em mim, com toda capacidade de atenção e concentração, com todo meu ser.
    Sei que posso devorar-te,pois, por mais difícil que seja ingerir-te, posso estar certo que estarei livre da indigestão.  O peso da gula pode ao me causar um desconforto, onde anseio converte-lo em coisas produtivas, assim como a gordura animal que consumo com pesar é transformada em energia.
    Espere...apenas mais um pedaço; só mais algumas palavras e verbetes.  Quero alimentar-me de ti longe dos pensamentos que me traz à superfície de seu ser.  Eu o amo,e quero agarrar-me a ti como um filhote que tarda em desmamar de sua mãe.
    Não o deixarei, quero ter-lhe por perto sempre, e numa insaciável fome de conhecimento; devorar-te.

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