Quero realizar meus sonhos que guardo em algum lugar secreto; como a "Terra do Nunca". Sim, como na história de Peter Pan. Meu alvo é o céu, é o romper de limites. Quero me aprofundar na imensidão azul-claro e me render às nuvens. Quero os pássaros como companhia e a alegria a saltar comigo de uma nuvem a outra. Nas nuvens mais densas, repousar-me; nas mais ralas, as atravessar às cambalhotas.
Quero ser livre da gravidade. Pronto. Imaginei todas essas coisas e logo a vi como inimiga. Gravidade, não a quero mais. Associo agora a gravidade às barreiras de nossa vida que nos impede de realizar nossos objetivos; a comparo assim, pois, ela me impede de realizar meu grande desejo.
Começo a tentar entender a liberdade. Há quem a encontre na maioridade ou no dizer o que quer a hora que quer; eu a encontraria quando rompesse com a gravidade que manté meus pés no chão. Não. Não quero.
Nunca sonhava assim quando criança, ora, mas agora me permito. Que mal há? É divertido e estranho pensar que só agora tenho desejos que são comuns na infância, não tive o prazer deles em minha; por isso, liberto-os. Gosto disso. Posso compreendê-los.
Hei, Dona Gravidade, desprenda-se de mim? Deixe-me ir onde bem for conveniente a mim e ao vento fresco do Norte? Céu, quero dominá-lo, quero fazer dessa imensidão azul-claro, meu lar, meu descanso.
Hei, Dona Gravidade, desprenda-se de mim?
ResponderExcluirSim sim sim... desprenda-se, vá por favor!!!
Mas é tão difícil, é tão complicado. A liberdade está além do céu de papel carbono negro, "como osso, como a morte que tem por trás de tudo".
Bom, não dissertar sobre isto é a melhor opção... por ora.
Mas... já que compartilhei contigo a origem desta, tenho a audácia de dizer que realmente dividimos aquele céu. Eu fiquei com uma parte e você com outra. Onde dois pares de olhos puderam contemplar e adquirir cada par uma parte do que ele tinha a oferecer.
Acontece que eu já não sei mais...